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Maternidade culposa

17/9/2016 - Revisão e ampliação em 3/7/2023

A vila pacata de pensionistas, conhecida como "Descanso e Paz", aparentava ser um refúgio tranquilo, porém um ar sinistro pairava no lugar remoto, onde as sombras se estendiam além do normal. O governo estadual havia oferecido aquele local como uma tentativa de amenizar a dor e o sofrimento dos policiais e suas famílias traumatizadas. Contudo, a essência maligna da morte e da invalidez parecia impregnar as paredes das casas. Os moradores de "Descanso e Paz" sabiam que seus destinos estavam irremediavelmente entrelaçados com a escuridão. As ruas estreitas e mal iluminadas se perdiam entre as densas árvores, que sussurravam segredos obscuros durante a noite. Aqueles que se aventuravam a caminhar pela vila sentiam uma presença opressiva, como se olhos invisíveis os observassem nas sombras. As casas, com sua aparência idêntica e estéril, se alinhavam de forma meticulosa, como soldados em formação, emanando uma aura sinistra. Elas pareciam vigiar o espaço com olhares vazios e impessoais, uma presença asséptica que se erguia como um exército de sentinelas desprovidas de alma. Porém, por trás do muro que envolvia o condomínio, a sensação de segurança dissipava-se rapidamente, dando lugar a um sentimento sufocante de aprisionamento. Era como se o próprio lugar estivesse fadado a abrigar a escuridão que o envolvia, uma condenação palpável que pairava no ar e atravessava cada canto desse cenário perturbador. As noites em "Descanso e Paz" eram um pesadelo de terror inescapável. Um bosque sombrio, frio e lamacento envolvia a vila, pressionando-a como uma força maligna e implacável. A brisa gelada soprava vinda da densa mata próxima, trazendo consigo um arrepio mortal que percorria os corpos dos moradores. Era como se o próprio vento carregasse vozes ocultas, sussurrando segredos inaudíveis que ecoavam do passado sombrio e projetavam um futuro incerto. A escuridão que permeava o ar era tão densa que os habitantes se encolhiam sob as cobertas de modo involuntário, em uma tentativa desesperada de abafar os murmúrios angustiantes que pareciam penetrar em seus ouvidos, semeando o medo em seus corações. No âmago dessa atmosfera sufocante, o cotidiano das ruas para os policiais era uma sinfonia macabra de horrores que os levavam à morte e condenavam a sua família ao cenário de “Descanso e paz”. As mulheres e crianças superavam em número de homens na vila, pois estes sucumbiam nas frentes de batalha travadas nas ruas escuras e nas periferias infestadas pelo mal. Aqueles poucos homens que sobreviviam na tarefa das ruas perduraram eram meras testemunhas silenciosas de uma violência passada que se agarrava à cidade como uma maldição. No entanto, "Descanso e Paz" ocultava segredos tão tenebrosos quanto as sombras que serpenteavam por suas ruas aparentemente idílicas. O medo se enraizava nas mentes dos habitantes, semeando dúvidas e incertezas sobre a natureza do mal que residia naquele lugar. Era como se a própria atmosfera estivesse impregnada de uma escuridão insondável, capaz de corroer a sanidade e devastar a esperança dos que ousavam chamar aquela localidade de lar. A cada passo pelas ruas sinistras, uma jornada rumo ao desconhecido se desdobrava, o desespero erguendo-se como uma presença palpável, nutrindo-se da angústia que corroía as almas dos moradores. Nas sombras ocultas espreitava uma ameaça indizível, pronta para emergir do abismo e extinguir a última centelha de tranquilidade remanescente. Essas ruas eram labirintos insanos, trilhas que conduziam ao cerne de uma escuridão primordial, onde entidades macabras dançavam ao ecoar dos lamentos. A vida dos policiais e suas famílias traumatiadas nessa comunidade amaldiçoada era um constante duelo com a morte, uma batalha cotidiana contra seres ocultos que se entrelaçavam nas entranhas daquele lugar maldito. Cada suspiro carregava o peso do desconhecido, enquanto as entidades sombrias teciam suas teias de medo e desespero, infiltrando-se nas almas dos incautos. Em meio a essa horrenda dança, os populares lutavam para manter a frágil ordem, enfrentando horrores indizíveis que emergiam das profundezas da própria essência daquela localidade condenada. Nas profundezas do subconsciente, um presságio sinistro começava a se insinuar, estendendo suas garras sobre a pacata vila. Sonhos atormentados invadiam as mentes das mães, transformando suas noites em um labirinto de pesadelos obscuros, onde sombras inomináveis dançavam em meio à escuridão. Juliana, a filha de uma dessas mães, era presa de visões terríveis, como se uma força maligna a puxasse inexoravelmente para o abismo de horrores. Nas profundezas do subconsciente, um presságio sinistro começava a se insinuar, estendendo suas garras sobre a pacata vila. Sonhos atormentados invadiam as mentes das mães, transformando suas noites em um labirinto de pesadelos obscuros, onde sombras inomináveis dançavam em meio à escuridão. Juliana, a filha de uma dessas mães, era presa de visões terríveis, como se uma força maligna a puxasse inexoravelmente para o abismo de horrores. A cada noite, Juliana se via aprisionada em um ciclo vicioso de pesadelos, onde criaturas indescritíveis sussurravam promessas macabras em seu ouvido. Sua mente se tornava um campo de batalha, onde o medo e o tormento lutavam para dominar sua frágil sanidade. Em meio a devaneios oníricos, ela via corredores escuros e lamacentos, repletos de sombras retorcidas que pareciam mover-se com uma vontade própria. A maternidade que uma vez fora considerada um símbolo de vida e alegria agora parecia amaldiçoada. As mães, aprisionadas em seus lares, sentiam um crescente desespero, à mercê de uma força invisível que semeava a angústia e a ruína em seus corações. O ar tornara-se denso e pesado, impregnado com uma aura de agonia e pavor, como se as próprias paredes da maternidade ressoassem com os lamentos de almas atormentadas. Era como se a própria essência da vila estivesse corrompida, infectada por uma presença indizível que espreitava nas sombras, esperando pelo momento propício para se manifestar e devorar as almas frágeis e indefesas. As mães sentiam-se impotentes diante desse mal insidioso, incapazes de proteger seus filhos do abraço gélido do terror que se aproximava. Assim, sob a influência maligna que se estendia por "Descanso e Paz", Juliana via-se cada vez mais enredada nas teias do pesadelo, enquanto a vila mergulhava em uma escuridão que ameaçava consumir tudo o que ali habitava. Os dias se desenrolavam sob uma névoa de apreensão e paranoia. As mães se reuniam secretamente, compartilhando seus medos mais profundos. Elas tentavam negar a verdade, atribuindo os estranhos sintomas às influências psicológicas daquele lugar sombrio. Mas o terror se insinuava em suas vidas de maneira cada vez mais insidiosa, revelando que algo muito mais terrível Nas profundezas do subconsciente, um presságio sinistro começava a se insinuar, estendendo suas garras sobre a pacata vila. Sonhos atormentados invadiam as mentes das mães, transformando suas noites em um labirinto de pesadelos obscuros, onde sombras inomináveis dançavam em meio à escuridão. Juliana, a filha de uma dessas mães, era presa de visões terríveis, como se uma força maligna a puxasse inexoravelmente para o abismo de horrores. A cada noite, Juliana se via aprisionada em um ciclo vicioso de pesadelos, onde criaturas indescritíveis sussurravam promessas macabras em seu ouvido. Sua mente se tornava um campo de batalha, onde o medo e o tormento lutavam para dominar sua frágil sanidade. Em meio a devaneios oníricos, ela via corredores escuros e lamacentos, repletos de sombras retorcidas que pareciam mover-se com uma vontade própria. A maternidade que uma vez fora considerada um símbolo de vida e alegria agora parecia amaldiçoada. As mães, aprisionadas em seus lares, sentiam um crescente desespero, à mercê de uma força invisível que semeava a angústia e a ruína em seus corações. O ar tornara-se denso e pesado, impregnado com uma aura de agonia e pavor, como se as próprias paredes da maternidade ressoassem com os lamentos de almas atormentadas. Era como se a própria essência da vila estivesse corrompida, infectada por uma presença indizível que espreitava nas sombras, esperando pelo momento propício para se manifestar e devorar as almas frágeis e indefesas. As mães sentiam-se impotentes diante desse mal insidioso, incapazes de proteger seus filhos do abraço gélido do terror que se aproximava. Assim, sob a influência maligna que se estendia por "Descanso e Paz", Juliana via-se cada vez mais enredada nas teias do pesadelo, enquanto a vila mergulhava em uma escuridão que ameaçava consumir tudo o que ali habitava. Poucos minutos se passaram e o celular da mãe de Juliana, como uma criatura faminta, começou a sinalizar que sua bateria estava se esgotando. Uma sensação de fome parecia emanar do aparelho, enchendo o ar ao redor com uma energia sinistra. Ao verificar o telefone, a mãe deparou-se com diversas mensagens das mães de Artur, Lucas, Leonardo, Fátima e Luíza. Cada uma dessas mensagens trazia relatos perturbadores sobre o comportamento alucinado e sonâmbulo de suas crianças. Era como se algum segredo oculto estivesse entrelaçado na própria alimentação fornecida pela escola. Essa inquietação seria investigada na manhã seguinte, quando a luz do dia revelasse sua verdade sombria. A mãe de Juliana adormeceu, mergulhando em um sono perturbado, onde os sonhos tomaram um tom terrível e perverso. Em sua mente, viu sua filha embarcando em um trem com destino ao centro, desaparecendo nas sombras da distância. Uma sensação repugnante de alívio a invadiu, pois essa partida representava uma libertação. Juliana acenava, distanciando-se cada vez mais, enquanto a mãe assistia impotente. As demais mães também compartilhavam sonhos e relatos semelhantes, acordando nauseadas e com seios doloridos, como se algo desconhecido estivesse se apossando de seus corpos e mentes. O novo dia emergiu, envolto em um véu de inquietação. As mães, movidas por um instinto primal de proteção, lançaram-se em uma investigação minuciosa. A escola foi escrutinada em busca de respostas, mas a sensação persistente era de que algo mais estava em jogo. Em silêncio, elas seguiram até o posto de saúde no centro da cidade, onde esperavam encontrar respostas para suas aflições incomuns. Porém, foram recebidas com diagnósticos estranhos, apontando para gravidez. Essa revelação desafiava a lógica e a realidade, fazendo-as questionar sua própria sanidade. Cada mãe, isolada em seu próprio tormento, guardou para si esse terrível segredo, inconsciente de que suas companheiras estavam enfrentando a mesma situação aterrorizante. Apesar da dúvida que permeava suas mentes, elas persistiram na busca pela verdade. A padaria, o mercado e o açougue que forneciam alimentos para a vila foram meticulosamente investigados, cada lugar revelando uma atmosfera de opressão e segredos ocultos. Aquela região periférica, com suas limitadas opções de fornecimento, parecia agora um território sombrio e assombrado, onde as entranhas do mal se entrelaçavam com os rituais do cotidiano. Enquanto as mães mantinham seus olhares atentos sobre seus filhos na escola, uma atmosfera inusitada de encanto e alegria permeava o ar. As crianças pareciam irradiar uma luminosidade contagiante, envolvendo-se em brincadeiras inocentes que ressoavam com risos cristalinos e sorrisos vívidos. Cada gesto, cada passo, transbordava uma felicidade genuína que se espalhava como um perfume suave e reconfortante. O sol parecia sorrir com intensidade, pintando o cenário com cores vibrantes que se misturavam harmoniosamente aos risos e às vozes infantis. As refeições eram degustadas com prazer e desprendimento, sem qualquer sombra de preocupação ou inquietação. Era como se a própria essência da infância florescesse em cada pequeno ser, enchendo os corações das mães de uma serenidade que há muito tempo não experimentavam. E assim, naquele momento efêmero, uma aura de alegria pura envolvia a todos, transformando a escola em um refúgio de inocência e felicidade, onde o mundo parecia estar em perfeita harmonia. Porém, naquela fatídica noite, sob o fulgor sinistro de uma lua que parecia estender seu domínio sobre a Terra com uma aura intensificada, os habitantes adormeceram, inconscientes das forças ocultas que começavam a se desenrolar. Os tremores que se manifestavam rotineiramente passaram despercebidos, submersos na monotonia da rotina diária. No entanto, algo estava diferente. A mãe lua, habitualmente radiante em sua plenitude, silenciou-se misteriosamente naquela noite cheia, como se uma presença antiga e poderosa a tivesse dominado. Sob a cobertura noturna, os sonhos dos dorminhocos eram assombrados por visões perturbadoras, enquanto a influência lunar tecia sua teia mística, envolvendo-os em um véu de incerteza e intriga. As sombras projetadas pela luz pálida da lua dançavam, evocando figuras mitológicas ancestrais, seres lunares que despertavam de seu longo sono para cumprir um destino obscuro e impiedoso. Enquanto todos dormiam, os segredos arcanos da lua eram revelados, e a noite se tornava um palco sombrio para um encontro fatídico entre a humanidade e as forças místicas que espreitavam nos recônditos celestiais. No entanto, os corpos das mães, agora afligidos por uma força indescritível, distanciavam-se cada vez mais da normalidade. O enjoo se tornava insuportável, suas entranhas revoltavam-se como uma maré envenenada, e tonturas incontroláveis dominavam seus sentidos. Uma azia persistente corroía suas entranhas, enquanto um mal-estar inquietante se alojava em cada célula de seus corpos. Era como se estivessem sendo submetidas a uma metamorfose grotesca, presas em uma teia de horrores que desafiava qualquer explicação racional. Ao desdobrar-se a manhã, terna e avermelhada, preparando-se para o sol, uma sensação de perplexidade e angústia tomou conta daqueles que não eram mães, que não possuíam filhos presentes na realidade palpável. Eles notaram a ausência das mulheres e de suas proles, despertando um sentimento de desespero que se manifestou em grupos atormentados, que vasculharam casa a casa, e assim a vila toda, com pressa e mau agouro. O medo e a aflição corroíam-lhes como um estômago cirrótico e putrefato, enquanto se aprofundavam na mata de forma acanhada, temendo o desconhecido. À medida que avançavam, encontraram pelo caminho vestes femininas despojadas e manchadas de sangue, indícios sombrios do que estava por vir. Até que, finalmente, depararam-se com figuras grotescas penduradas pelos pescoços nas árvores, no entorno do amálgama da terra e do sangue que formava um útero maníaco, um círculo fatídico que abrigava as mães das crianças assassinadas. Seus ventres estavam inchados e púrpuros, pulsando de maneira grotesca, e elas iam aos poucos despertando, como flores malditas e matutinas, juntamente com a chegada do sol.



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