O baião e o frevo tocam na minha veia cabocla, reverberam nas minhas heranças que desembocam à paulistana, emitindo juras de amor à moda do asfalto agreste! Mas o sol que apina é o mesmo d’antes, seca tudo desde lá: o mormaço estanca e faz miragem! Em vez da terra, é o asfalto que pela. Na rapina da vida, a hierarquia tem de tudo. Na São Paulo em que sobrevivo: do coronelismo ao escravagismo as frentes se embotam em uma disputa ferrenha para do sertanejo contemporâneo e roer a pouca carne dos ossos, rapar a conta bancária ou a força motriz da mais valia! No cangaço do dia a dia sai a criança da escola, E vai adulta para a rua! Não tem trabalho, não tem apadrinhamento, Mendiga no farol ou rouba o supermercado… É espancado no estoque pelo novo capitão da mata, o jagunço de CLT, a milícia de farda corporativa, O sertanejo do asfalto morre de cabeça rachada E é jogado no estacionamento da UBS da vila, E em seu corpo magro chegam logo as av
Você é tao fantástica Que se namorássemos Eu passaria horas Observando a ler O som das páginas viradas Seriam o compasso das horas Marcando o ritmo do meu eternecer Os seus olhos salteando Seriam como dois dançarinos Bailando ao som da música mais bela Que é o conhecimento em pleno ato de aquisição E seus lábios se entreabrindo Para umedecer as pontas dos dedos Para marcar com seu dna cada página virada Fertilizariam a mim, Que sou livro... 24/11/2023 Para Gisele, uma amiga