Sua vida, que não parecia Que chegaria tão longe, chegou até aqui, E sem manual. Sua vinda, que parecia mais como uma lista Do que você não devia… Uma constante luta. Está hoje tal qual: O partido é você. A busca, a definição, O rótulo, a religião, A completude, o sim e o não... Alma, sentimento, coração, buscando autorização. O meu, o mim, o de mim, O para mim, o peso, posse, Permissividade e o assim, E se, e se, e se fosse... Hoje, mais que nunca Na completude da subjetividade Na relatividade Das suas escolhas Que o que realmente trunca São os outros e suas bolhas Se você quiser estourá-las. Habitá-las, Coelha-las. 7/4/2019
O quintal é urbanidade. Cerceia a casa com cerâmica, Com esmero e matemática, Mantém exclusiva a intimidade Entre muros altos e brancos e secos. À frente a garagem Em seu portão de ferro reverberam ecos. Há pequenos vãos com ervas constantes, No quintal... Controlados e pulsantes, A máquina de lavar, que é fiel, O tanque e os varais incansáveis, Nos quais eu sempre estou pelo meio, De forma exímia, pelas manutenções infindáveis, Seja com ou sem cansaço, ainda assim, constante. 18/4/2019